Pessoas que não conseguem transpirar sofrem mais no verão

Doença genética se chama displasia ectodérmica anidrótica
transpiração

Muita gente não suporta o verão porque não gosta de suar demais – a pele fica grudando, o cabelo fica molhado, as roupas mancham. Mas existe um grupo de pessoas que sofre justamente com o contrário: são incapazes de transpirar.

Se para você a ideia parece um sonho, é melhor pensar duas vezes. Chamada displasia ectodérmica anidrótica, esta condição é uma doença genética e caracteriza-se pela ausência das glândulas sudoríparas. As pessoas que têm esta síndrome sofrem ainda mais com verão, pois a sensação de calor fica acentuada.

O suor é uma maneira de o organismo driblar a sensação térmica, liberando o calor para esfriar a pele e regular a temperatura. Sem esta ferramenta, o corpo fica intolerante ao calor, correndo risco de desenvolver câimbra, ânsia, fraqueza, febre e até um quadro de hipertermia com convulsões. Além disto, cabelo mais fino e ralo, dentes pontiagudos e espaçados e pele muito seca são outros sinais da doença.

Essa displasia afeta uma em cada 1 milhão de pessoas e atinge principalmente os homens. Ela não tem cura, mas é possível trazer mais conforto à pessoa que sofre com o problema: é importante beber muito líquido, hidratar a pele, lubrificar os olhos, usar roupas leves e arejadas, evitar banho quente e exposição ao sol, e procurar ambientes bem ventilados.

Carregar sempre uma garrafa d’água com dispositivo de spray, cubos de gelo num saco plástico ou uma toalha úmida em um isopor também são dicas úteis nas altas temperaturas.